Erikson, apesar
de
díscipulo de Freud,
discorda deste em
4 aspectos:
ü Valorização exagerada da
energia
libidinal como chave explicativa do desenvolvimento;
ü Redução do desenvolvimento aos períodos que decorrem da infância
à adolescência;
ü Subestimação das interacções indivíduo-meio;
ü Privilégio concedido à vertente patológica
da personalidade.
Pelo contrário, Erikson apresenta uma teoria de desenvolvimento, cujos pressupostos são
os seguintes:
I. A energia
que orienta
o
desenvolvimento
é
essencialmente de natureza psicossocial, havendo
portanto uma valorização da interacção entre a personalidade em
transformação
e o meio social;
II. O desenvolvimento é um processo contínuo que se inicia com o nascimento e se
prolonga até ao final
da vida;
III. A personalidade
constrói-se à medida
que a pessoa progride
por
estádios psicossociais
que, no seu conjunto,
constituem o ciclo da vida;
IV. Em cada estádio manifesta-se uma crise que é vivida em função dos aspectos
biológicos, individuais e sociais. A crise consiste num conflito ou dilema que deve ser resolvida, sendo que existe uma solução positiva e negativa para cada um deles;
V. Os conflitos
estão,
desde
o
nascimento, latentes no indivíduo, só se tornando patentes e predominantes em fases específicas da vida;
VI. Quando as crises são resolvidas de forma positiva, resultam em equilíbrio e saúde
mental, já as soluções negativas das crises conduzem
ao desajustamento e ao
sentimento de fracasso;
VII. Ajustamento ou
desajustamento
não são situações ou estados
definitivos. Em fases subsequentes,
o indivíduo pode passar por experiências positivas e negativas que contrariem as vivências tidas em estados anteriores.
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