O psicólogo manipula activamente a experiência, escolhendo as respostas a serem medidas e controlando as influências estranhas que poderiam afectar os resultados da sua experimentação. O objectivo é verificar a veracidade das hipóteses, sendo que o experimentador tem que manipular um determinado factor ou condição (variável independente) e observar as consequências dessa manipulação no comportamento em estudo (variável dependente). A sua finalidade última é o estabelecimento de leis gerais,
permitir conhecimentos sobre comportamentos comuns a um grupo de pessoas, não sendo aplicável a casos individuais.
Fases do método experimental
I. Formulação de hipóteses – O experimentador procura estabelecer uma relação de causa e efeito explicativa de uma situação;
II. Experimentação – Fase de verificação da hipótese. Conjunto de observações realizadas, em determinadas condições controladas com o objectivo de testar a validade da hipótese formulada. Para tal, o experimentador faz variar determinado factor externo e verifica quais as alterações provocadas por essa variável no comportamento que se está a estudar. Determinante o rigor das observações e controlo da situação experimental.
- Controlo das variáveis – Elementos que constituem a situação de estudo relativamente à alteração ou manifestação de um comportamento cuja natureza se desconhece. O objectivo desta fase é comprovar se o efeito que as variáveis independentes provocam na variável dependente é aquele que se supusera na hipótese.
- Variável dependente – Elemento que constitui a modificação do comportamento a explicar, surgindo como a variável de resposta.
- Variável independente – Factores supostamente responsáveis pela situação.
- Variáveis externas – Elementos que não são controláveis mas que podem influenciar uma experiência. Podemos estudar essas condicionantes relativamente ao sujeito, ao observador ou às condições.
- Registo das observações - Faz-se segundo registos de ocorrências e duração de comportamentos, baseadas em escalas de classificação.
- Controlo de condições – Validação da informação. Aqui temos sempre um grupo experimental (grupo de sujeitos onde é testada uma variável independente sendo que as restantes condições e constituição devem ser iguais ao grupo de controlo para permitirem a comparação
de resultados) e um grupo de controlo (grupo de sujeitos em que as condições da experiência são mantidas inalteráveis.
A constituição dos grupos deve ser homogénea e tem de haver um controlo das caracterísitcas.
O experimentador, quando estudar um determinado aspecto do comportamento, tenta descobrir as leis gerais que se aplicam a todos os membros que pretende compreender. Temos aqui a população e a amostra.
Podemos ter amostragens simples ou aleatórias (população a estudar é homogénea), amostragens estratificadas (população a estudar é heterogénea, sendo necessário seleccionar a amostra) ou trabalho de campo (verificação da hipótese em situação real).
Estudos laboratoriais
É o contexto ideal para testar uma hipótese e concluir uma relação causa-efeito entre as variáveis. Provoca uma situação artificial, sendo que o experimentador não deve transpor para a vida quotidiana as explicações obtidas em laboratório.
Tem a vantagem de eliminar variáveis que, no ambiente natural, disfarçam e/ou dificultam o estudo do fenómeno em causa.
Estudos de campo
Espera-se que os factos se produzam no meio-ambiente natural para, assim, verificar a(s) hipótese(s). Os estudos de campo parecem ser menos artificiais, pois envolvem eventos reais do dia-a-dia, possuindo uma certa validade ecológica. Há pouco controlo dos indivíduos, eventos ou condições e podem causar alguma imprecisão na mensuração.
III. Generalização
Limites da investigação experimental do comportamento humano
Críticas de natureza metodológica
I. Planificação;
II. Isolamento de variáveis – Dificuldade em isolar a variável independente;
III. Não se consideram dados qualitativos;
IV. Generalização.
Críticas de natureza ética
Há muitas vezes o recurso à experiência em animais e à experiência invocada.
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