Caracterizado pela generalização do pensamento e por um apuro da lógica, ele aprende a manipular ideias abstractas, a formular hipóteses e a avaliar as implicações do seu pensamento e do dos outros. Adquire a capacidade de se envolver no raciocínio proposicional.
O pensamento passa a revelar uma natureza auto-reflexiva. Começa a definir conceitos e valores. As bases do pensamento científico aparecem.
As principais características deste estádio são:
a) A capacidade de abstracção, realizando operações mentais sem necessidade de referência a objectos concretos, as operações lógicas dão-se no plano das ideias sem necessidade de apoio da percepção, havendo capacidade de generalização, análise e síntese;
b) O predomínio de esquemas conceptuais abstractos e a utilização de uma lógica formal-proposicional, um raciocínio hipotético-dedutivo que deduz as conclusões apenas de puras hipóteses sem recorrer a uma observação do real; (desvia-se do "é" para o "poderia ser"), deduz e induz de modo sistemático e organizado;
c) Pensamento perspectivista e combinatório;
d) Egocentrismo cognitivo, pois acredita ser capaz de resolver todos os problemas que aparecem, considerando as suas próprias conclusões como as mais correctas – crença na omnipotência da reflexão, como se o mundo se tivesse que submeter aos sistemas e não os sistemas à realidade. Atribui um poder ilimitado ao seu pensamento.
Ocorrem diferenças no ritmo do desenvolvimento entre as pessoas e as atribui às variações na qualidade e frequência da estimulação intelectual recebida dos adultos durante a infância e adolescência, aos factores espontâneos e endógenos do indivíduo e à presença de um meio que seja favorável.
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