domingo, 3 de junho de 2012

Desenvolvimento ao longo da idade adulta


No que concerne ao desenvolvimento do adulto e a família devemos ter atenção a dois acontecimentos importantes: o casamento e a paternidade/maternidade.
A unidade conjugal continua proporcionando um meio de intimidade prolongada, perpetuando a cultura e a gratificando as necessidades interpessoais. Os problemas conjugais podem levar ao divórcio, mas ocorrem também em casamentos que não terminam com este final.
O papel de manutenção da estabilidade familiar e de evitar a dissolução do casamento não é exercido por essas instâncias. Devido à diminuição das pressões, os procedimentos para a separação e o divórcio expandiram-se. Surge, assim, a necessidade de serviços especializados em aconselhamento conjugal. A terapia conjugal é uma forma de psicoterapia para pessoas casadas em conflito uma com a outra, apresentando uma dinâmica mais aprofundada que o aconselhamento conjuga. Tanto um quanto o outro procura ajudar os parceiros a lidarem de modo mais eficaz com seus problemas.




No que diz respeito à paternidade/maternidade, vários problemas devem ser enfrentados para a criação de um filho. Os filhos podem reacender nos pais conflitos infantis ou apresentarem doenças que desafiem os recursos emocionais da família.
Os homens, geralmente, estão mais preocupados com o trabalho, enquanto as mulheres estão mais preocupadas com seu papel de mãe. Entretanto esse quadro vem mudando nos últimos anos, com o aumento do número de mulheres que ingressam no mercado de trabalho. Devido ao aumento no número de divórcios, cresce a taxa de filhos de famílias monoparentais. Essas crianças apresentam maior incidência de baixo rendimento escolar e problemas emocionais; alguns são precoces, devido ao fato de terem assumido maiores responsabilidades muito cedo.

Teoria de Sternberg: Importância da sexualidade e intimidade

Intimidade: sentimento de proximidade, de ligação, partilha de actividades, pensamentos e sentimentos.
Paixão: forma de activação que leva à atracção física e comportamento sexual.
Compromisso/ Decisão: CP: decisão de que se ama alguém; LP: compromisso de manter o amor.
 
Tipo de Amor
Intimidade
Paixão
Decisão/ Compromisso
Não amor
-
-
-
Gostar
+
-
-
Amor cego
-
+
-
Amor vazio
-
-
+
Amor romântico
+
+
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Amor companheiro
+
-
+
Amor tolo
-
+
+
Amor perfeito
+
+
+

Amizade (gostar): é uma relação afectiva, a princípio sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição. Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjugesnamorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente. 

Paixão: é uma emoção de total fascínio, admiração que se sente por outra pessoa, é um sentimento muito intenso. Mas como só tem a vertente da paixão e tem em falta e intimidade e o compromisso pode desaparecer muito rápido, de um momento para o outro.

Amor vazio: casos que o amor se apaga, perdendo a intimidade e a paixão, restando somente o compromisso. Também na antiguidade, os casamentos realizados apenas em função dos desejos e acordos dos pais e não dos filhos que se iam casar assentavam neste tipo de amor, baseados no compromisso sem qualquer intimidade ou paixão.

Amor romântico: é uma relação emocional(intimidade) e física (paixão)sem nenhum compromisso.

Amor companheiro: é o sentimento que existe em relações familiares, de amizade fortes ou relacionamentos longos sem interesse sexual. Acontece também em casamentos onde a paixão acaba, e a intimidade e o compromisso que possuem com um único intuito de partilha de vida.

Amor tolo: transmite um sentimento forte de paixão associado a um compromisso, mas não tendo intimidade.

Amor perfeito: é um relacionamento ideal, que possui intimidade, paixão e compromisso. Deve estar em constante “estimulação e manutenção” para que não perca nenhuma das suas três bases, pois se isso acontecer deixa de ter o estatuto de amor perfeito.

Relações Interpessoais:

Não obstante as diferenças existentes nas formas de nos relacionarmos uns com os outros (relação entre pais e filhos, entre amantes, entre amigos, etc.):
  •         Proximidade física
  •         Afiliação
  •         Beleza (atracção física)
  •         Semelhenças interpessoais,
  •         Reciprocidade,
  •         Complementariedade.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Estádios de Desenvolvimento Moral: Parte 3


Nível 3: Moralidade Pós-Convencional


·    alguns adultos, a sua minoria;

·    O indivíduo está comprometido com um conjunto de prinpios morais complexos e abrangentes, e que são muitas vezes partilhados com outros;
·    Os prinpios morais podem transcender figuras de autoridade ou até as normas ou valores de uma sociedade particular;
·    Os prinpios morais são internalizados e tornam-se individualizados.



·    Estádio 5: Contracto social ou direitos individuais democraticamente aceites


o O dever é definido em termos de contracto;

o As leis e as normas não se tomam comofacto consumado” elas emergem de um consenso e podem ser alteradas;
o Quando há conflito entre o sujeito e a lei, prevalece a última;

o Há uma flexibilidade nos julgamentos morais baseados num ideal social;

o O  comportamento moral  consiste  naquilo  quexpressa  a  vontadda  maioria  ou maximiza o bem-estar social;
o A sociedade deve basear-se num contracto social aceite livremente pelas pessoas e em que sejam:
§    Respeitados direitos fundamentais como a vida e a liberdade individual;

§    Utilizados processos democráticos para alterar as leis e melhorar a sociedade; o Determinados valores e direitos não específicos, como a vida e a liberdade, têm de ser forçosamente defendidos em qualquer sociedade, independentemente da opinião da
maioria;

o Resumindo, a pessoa considera o ponto de vista legal e o ponto de vista dos outros e procura reconhecer o conflito entre eles, de forma a fazer escolhas que tragam o maior bem para o maior mero.


·    Estádio 6: Princípios éticos universais

o Não necessariamente escritos;

o O comportamento moral é controlado por um ideal interiorizado, independentemente das reacções dos outros, mas respeitando sempre princípios que (se admitem) universais;
o Cada pessoa é vista como um fim (e não como um meio) e, em caso de conflito, a lei pode ser preterida;

o É a consciência própria” que dirige o comportamento moral;

o Os princípios éticos não são regras concretas, mas sim orientações gerais e abstractas baseadas numa noção de justiça universal que é aplicada em todas as situões conscncia individual;
o Os princípios éticos relacionam-se com a noção de justiça, dignidade humana, direitos humanos e igualdade de direitos;
o São um produto do desenvolvimento da natureza humana;

o A interacção do sujeito com o meio pode ser necessária para revelar o princípio da justiça, mas não é essa interacção que cria o próprio;
o O princípio ético é prévio à sociedade.